Por que “profissional”?

Utilizamos a palavra “profissional” em nosso site intencionalmente para caracterizar um conjunto de fatores que fazem uma base de choro extremamente prazerosa de se tocar junto. No final das contas estamos falando na “experiência” vivida pelo músico ao tocar junto com a base musical.

Então o que está envolvido na produção de uma base de choro profissional, de alta qualidade? São muitos os aspectos, mas aqui estão os principais:

1) Qualidade dos músicos da base

Observe quem são os músicos por trás de cada um dos songbooks ou produção que fizemos e você vai observar que são os melhores do choro brasileiro, do passado recente ou do presente: Regional Época de Ouro, Regional Imperial, Regional Noites Cariocas (Déo Rian), Izaias e seus Chorões, Regional do Zé da Velha, Regional do Edmilson Capelupi, e outros grandes músicos que tiveram participação como convidados: Paulão 7-cordas, Ítalo Peron, Marco Bertaglia, Milton Mori, Arnaldinho do cavaco, Getúlio Ribeiro, Felipe Dourado, etc.

2) Qualidade das partituras e arranjos

Muita preparação ocorre para se obter a gravação final. A gravação tem como base um arranjo e suas respectivas partes (partituras).

O arranjo normalmente vem de alguma gravação histórica feita para o choro em questão. Alguém qualificado teve que transcrever a melodia e a harmonia da gravação e gerar uma partitura para os músicos.

No caso de musicas inéditas, que não existiu uma gravação para ser usada como referência, mas foi baseada em manuscritos (“A Bruta” de Zequinha de Abreu, “Gorjeando, “Grelando” de Pixinguinha, etc), mesmo assim alguém com muita experiência em choro teve que gerar uma harmonia para música.

Ítalo Peron está por trás da grande maioria das revisões musicais e transcrições de harmonia de nossas gravações e partituras.

No momento da gravação o talento dos músicos do regional também sempre se manifesta e pequenas alterações são feitas ao arranjo: novas baixarias, convenções para os violões, variações rítmicas e instrumentais.

3) Qualidade da gravação

Um estúdio profissional e técnicos qualificados sempre estão envolvidos. Nossos estúdios de preferência são o Estúdio 185 de São Paulo e o Estúdio Umuarama do Rio de Janeiro.

A qualidade das salas dos estúdios, dos microfones, dos equipamentos e da competência do técnico em colocar isso tudo junto faz toda a diferença. Não é possível comparar o resultado final com uma gravação caseira.

4) Qualidade da mixagem e masterização

São muitos os detalhes aqui, mas convenções dos violões perfeitamente sincronizadas, breques sincronizados e com ninguém sobrando, ruídos diversos identificados e cortados, solo atrasado ou adiantado em certos segmentos identificado e corrigido, detalhes de afinação, detalhes no volume de cada instrumento, etc, etc, etc…

Alguém com experiência do assunto dedicou energia em cada faixa do disco, trabalhando nos aspectos listados acima e deixou a gravação com um nível a mais de qualidade.

A masterização é outro assunto importante e dá o toque final para que sua experiência em tocar com a base seja a melhor possível.

5) Formato final de distribuição dos áudios: MP3 ou FLAC ?

Convidamos o leitor a dedicar um tempo para entender este assunto tão importante e, se possível, procurar outras fontes para se educar nesta questão.

Uma gravação com os melhores músicos, feita pelos melhores arranjadores e nos melhores estúdios pode ser “estragada“ quando se ouve/toca com um playback de choro com formato de áudio inadequado

Isso mesmo, se você tem ouvido suas músicas a partir de arquivos MP3 está potencialmente perdendo muito na qualidade final do som e na experiência de se tocar junto com a base.

Isso porque na geração do arquivo MP3 ocorre uma compressão dos dados, ou seja, o arquivo original que era de alta qualidade como WAV, AIFF, WMA, que no caso de choros tem entre 40 e 60Mb de tamanho em média, são convertidos para arquivos entre 3 e 6Mb e muita informação é perdida no processo de compressão, afetando a qualidade final do som.

A facilidade manipulação dos arquivos (transmissão/recepção na internet, armazenamento no computador ou celular, etc) e a compatibilidade entre os sistemas operacionais de computadores/tablets/celulares são os atrativos do MP3. Por outro lado a perda de qualidade do som é significativa.

Por isso que o padrão FLAC (Free Lossless Audio Codec – Codec de áudio sem perdas de compressão) foi inventado. Este formato reduz o tamanho do arquivo de áudio original em cerca de 50%, mas mantém praticamente 100% da qualidade de som do arquivo original.

O ChoroPlaybacks.com.br e ChoroMusic.com.br disponibilizam MP3 (320Kbps) e FLAC em todos seus áudios.

A forma mais fácil de você comparar a qualidade do som obtida com MP3 e FLAC é ouvir você mesmo o mesmo áudio com boas caixas acústicas ou um bom fone de ouvido.

Mas aqui vai uma comparação visual. A frequência da audição humana está na faixa de 20 a 20,000 Hz, sendo que algumas pessoas são capazes de detectar frequências em laboratório de até 28,000Hz.

Veja nos espectrogramas a seguir, como a compressão dos arquivos de áudio afeta a qualidade do som:

1) Arquivo FLAC

2) Arquivo MP3 da mais alta qualidade (320Kbps)

Observe como todas as frequências acima de 20,000Hz foram cortadas. Informação entre 0 e 20,000Hz, embora não visível no gráfico, também foi perdida devido à compressão, e isso também afeta a qualidade final.

3) Arquivo MP3 padrão da internet (Youtube, Spotify/Apple padrão, …)

Então quando você ouve uma musica no Youtube, você está no fundo recebendo um áudio da pior qualidade possível. No Spotify ou Apple Music a qualidade melhora um pouco (320Kbps) para serviço “premium”, mas ainda assim é muito abaixo da qualidade obtida com arquivos FLAC.